ELIZETH CARDOSO (RIO DE JANEIRO, 1920 -1990)–” LA MULATA ENLUARADA (la mulatta illuminata dalla luna…) “
Risque meu nome
—cancella il mio nome
do seu caderno
–dal tuo quaderno
Pois não suporto o inferno
—perche’ non sopporto l’inferno
Do nosso amor fracassado
—del nostro amore fracassato
Deixe que eu siga novos caminhos
—lascia che io segua nuovi cammini
Em busca de outros carinhos
–in cerca di nuovi affetti
Matemos o nosso passado
—uccidiamo il nostro passato
Mas se algum dia
—ma se qualche giorno,
talvez, a saudade apertar
—forse, la nostalgia si fa sentire forte
Não se perturbe, afogue a saudade
—non turbarti, affoga la nostalgia
Nos copos de um bar
–nel bicchiere di un bar
Creia: toda quimera se esfuma
–credimi: tutte le chimere si sfumano
Como a brancura da espuma
—come la binachezza della spuma
Que se desmancha na areia
—che si rompe nella sabbia
ripete:
Mas se algum dia, talvez, a saudade apertar
Não se perturbe, afogue a saudade
Nos copos de um bar
Creia: toda quimera se esfuma
Como a brancura da espuma
Que se desmancha na areia
ARY BARROSO NEL 1939